Ministério reconhece erro em 7 milhões de livros enviados a escolas públicas – Ao todo, o governo pagou R$ 13,6 milhões pela impressão das obras
Jamseg, 06 jun 2011 08:41:37 -0400000000-R-0400, Deixe um comentário
O ministro da Educação, Fernando Haddad, deve ser convocado para dar explicações no Senado
![Antonio Cruz/ABr](https://i0.wp.com/i1.r7.com/data/files/2C95/948F/3060/EE99/0130/64B3/F946/753D/haddad-450x338.jpg)
O MEC (Ministério da Educação) reconhece os erros nos 7 milhões de livros impressos para servir de material de apoio às aulas na zona rural do país. Ao todo, o governo pagou R$ 13,6 milhões pela impressão das obras.
No total, 200 mil coleções do modelo Escola Ativa, com 35 livros cada uma, foram impressas e distribuídas, o que totaliza 7 milhões de obras. Há páginas em branco, textos sem continuidade, contas matemáticas erradas (um trecho aponta que 10 menos 7 é igual a 4 e outro diz que 16 menos 8 é igual a 6), tabuadas equivocadas e outros problemas.
Em comunicado oficial, o MEC reconhece que “erros de diagramação, editoração e revisão” foram constatados em fevereiro, por especialistas contratados pelo órgão. Com isso, “os professores de educação no campo foram orientados, então, a utilizar somente livros didáticos em suas aulas”.
No entanto, a suspensão do uso do material didático só ocorreu na quinta-feira (2), pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após denúncia da imprensa.
O MEC e a CGU (Controladoria-Geral da União) preveem abrir investigação formal para identificar os responsáveis pelo envio do material didático. Os livros foram impressos e distribuídos a alunos de escolas multisseriadas, ou seja, de séries diferentes, de escolas públicas do campo.
Menos de 1%
A nota oficial minimiza o erro ao afirmar que “o programa Escola Ativa atinge a menos de 1% dos estudantes de escolas públicas de educação básica em todo o país”.
Para analisar o material, o ministério contratou uma comissão de professores universitários, que “chegou à conclusão de que uma nova versão do material de apoio do programa Escola Ativa só poderá ser reutilizada depois de uma discussão com os coordenadores do programa, no próprio MEC”.