Giants repete triunfo sobre Patriots e vence o Super Bowl XLVI

Em reedição da decisão de 2008, time nova-iorquino vira o jogo com ‘touchdown’ a um minuto do fim e conquista o título

Em 2008, New England Patriots e New York Giants estiveram frente a frente no Super Bowl. Naquela oportunidade, Eli Manning liderou o time nova-iorquino ao título e foi coroado o MVP (melhor jogador) da decisão. Quatro anos mais tarde, as duas equipes voltaram a se encontrar na final, e a história acabou se repetindo. Com um “touchdown” a um minuto do fim, o Giants venceu por 21 a 17 e saiu do Lucas Oil Stadium, em Indianápolis, com o seu quarto campeonato da história.

Assim como aconteceu há quatro anos, Manning foi eleito o MVP (jogador mais importante da partida) do Super Bowl. Com a conquista deste ano, o quarterback do Giants ultrapassa o seu irmão mais velho – Peyton, ídolo do Colts, time de Indianápolis, e um dos mais talentosos quarterbacks da história da NFL – em número de títulos.

A vitória do Giants tem ainda um tempero especial. Trata-se é a enorme rivalidade existente entre as cidades de Nova York, sede do time de Eli Manning, e Boston, que embora não seja oficialmente a sede do Patriots, que fica em Foxborough, é o time do estado de Massachusetts.

Confira o infográfico do Super Bowl XLIV

Já Tom Brady, quarterback do Patriots, falhou na sua missão de se igualar a Joe Montana – que venceu quatro títulos com o San Francisco 49ers nos anos 1980 – como o jogador da posição mais vitorioso da história do Super Bowl. O marido de Gisele Bundchen segue sem conseguir vencer desde seu casamento com a modelo brasileira.

O Giants começou a construir a vitória logo no primeiro quarto com um início esmagador, quando abriu 9 a 0 no placar, com quase 12 minutos de posse de bola contra apenas 8 segundos do time de New England. O Patriots saiu do zero com um “field goal” logo no minuto inicial do segundo período e reduziu a desvantagem.

Aos poucos, Tom Brady passou a mostrar seu jogo e equilibrar a partida para o time de Massachusetts. Com tranquilidade, o quarterback conseguiu recuperar a desvantagem e colocou seu time em vantagem a oito segundos do intervalo, quando o passe de Brady encontrou as mãos do running back Danny Woodhead, que completou o “touchdown”.

Desta maneira, o marcador apontava 10 a 9 favoráveis para a equipe de New England quando Madonna subiu ao palco montado no centro do gramado para o tradicional show do intervalo do Super Bowl.

O início do segundo tempo também parecia promissor para Brady e o Patriots. Em poucos minutos ele conseguiu conduzir uma campanha de 79 jardas encerrada com uma bela recepção do tight-end Aaron Hernandez, que resultou em mais um “touchdown” e abriu uma respeitável vantagem de 17 a 9.

Ao continuar em vantagem durante quase toda a segunda metade do confronto, o Patriots caminhava para se tornar apenas a quinta equipe da história a ganhar a decisão após estar perdendo por sete ou mais pontos.

Isso até o Giants iniciar aquela que seria a sua última campanha ofensiva. Os nova-iorquinos perdiam por 17 a 15, mas conseguiam avançar com sucesso e chegavam cada vez mais perto da “end zone”. A 57 segundos do fim, o Patriots decidiu permitir que Ahmad Bradshaw entrasse na zona de touchdown para conservar o relógio e dar tempo para Tom Brady ter chances de fazer mais uma jogada antes do fim do jogo.

Brady tinha menos de um minuto para liderar o ataque do Patriots ao “touchdown” que devolveria à sua equipe a liderança no confronto. A defesa do Giants, no entanto, mostrou eficiência e não permitiu que o título escapasse.

No desespero, Brady ainda tentou uma última jogada quando o cronômetro estava perto de estourar, a famosa “Hail Mary” (“Ave Maria”, em inglês, por ser uma jogada muito difícil de ser concluída com sucesso). De trás da metade do campo, ele jogou a bola para a “end zone” na esperança de que algum companheiro pudesse fazer a recepção da vitória, mas a bola foi desviada pelos defensores. Não deu certo. Mais uma vez, o Patriots foi parado pelo Giants na decisão.

A exemplo de 2008, Brady saiu de campo com o sonho do tetracampeonato desfeito. Manning, por sua vez, soma duas conquistas e tem, agora, apesar da sombra do irmão, um forte argumento para a discussão sobre o seu ingresso no grupo dos melhores quarterbacks da história do esporte.

 

Fonte: RONDONIAGORA

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